domingo, 16 de dezembro de 2012

II Carta de Iaponica insula rosarum

Davy, há três semanas decidi começar a escrever, porém condições adversas me impedem.
Tenho todo o tempo do mundo, tenho conseguido alimento de forma relativamente fácil e as condições do clima não condizem com o que sempre vivi em territórios orientais.
Isso poderia me aliviar, mas causa-me dúvidas.
Não consigo ainda lidar bem com o que desconheço sobre onde estou.
Meus papéis, minhas rotas, minhas pastas, meus cargos, minhas coordenadas, todos não fazem juntos mais sentido para mim do que uma pedra rolar por cima de outra pedra quando chove. Simplesmente eram algo que aconteciam em um lugar e hora que, de outro modo, explicação alguma teriam para sua existência.
É um dia estranho.
Por isso anoto: viver sem derrota é, para quem navegou demais, recomeçar. Talvez seja continuar.
O quê?

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