Lígia, o rio passou.
Que aos rios fiquem os detritos de nosso sonho.
Eu fico com você nova e nua.
As personagens e situações aqui presentes pertencem à ficção. Não se referem, portanto, a pessoas ou fatos reais e não emitem sobre eles quaisquer opiniões.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Sobre o voo
Um dia, a menina quis pular
Ele disse: pula, que eu seguro você
Ela pulou,
e ele-aquele não a segurou
Outro dia, a menina quis pular
Ele, outro-ele, disse: pula, que eu te seguro
Ela pulou,
e ele não a segurou
Outros anos
A menina não gostava de pular.
Ao seu lado, ele, tantos outros eles-anos, a olhou em silêncio
Somente ele
Sorriu
Nada disse
E pulou
A mulher pulou junto
E ninguém nunca mais os segurou
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Fios
Se teu corpo não te basta
Se tua alma expande em direção ao sobre-humano
Acalma-te!
Ainda assim não te sintas podada pelo mesmo fio frio da tesoura cega que sangra e esmigalha miseravelmente a rosa
Efetivamente.
Sobrevives...
Sobrevives e perseveras
Como as secas folhas velhas
Se tua alma expande em direção ao sobre-humano
Acalma-te!
Ainda assim não te sintas podada pelo mesmo fio frio da tesoura cega que sangra e esmigalha miseravelmente a rosa
Efetivamente.
Sobrevives...
Sobrevives e perseveras
Como as secas folhas velhas
domingo, 13 de janeiro de 2013
Apago
Apago as luzes aqui dentro,
Mas há luzes demais lá fora
A cidade toma pelas mãos a minha escuridão
Não permite o mergulho fatal
De ouvidos absolutos, não quero ouvir,
Mas há barulho demais lá fora
A cidade invade meus ouvidos tapados
Esquisitos arranjos em descompasso
Embriagado, não quero sentir
A cidade sente um desespero
Apago.
O ventre e a caça
No mais vulnerável do teu ventre
Meus dentes
A conquista do fogo
A libertação da caça
As noites
As chamas devastando as casas
No teu ventre em brasa,
Meus dentes, animais,
Te bastam
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