sábado, 6 de julho de 2013

Valsa no Arpoador

No Arpoador
Seus olhos responderão ao chamado
longe, ausente, como for, mesmo machucado
seus olhos, faróis, guiarão o tempo chegado

Os trapos que trarei, pequena,
os medos do mar
as noites de frio
os dias sem ar

tantos dias sem ar...

A ela tocam os sons mais suaves que não sei criar
e que ouço e que desejo como a ela
mas há em si algo que minhas confusas existências não me permitem alcançar

eu a olho
e valsam
valsam
valsam
as ondas do mar

Eu sorrio seu sorriso
apreendo qualquer instante em seus olhos

e eis tudo

porque dela é o riso e os sons que não se navegam

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