No Arpoador
Seus olhos responderão ao chamado
longe, ausente, como for, mesmo machucado
seus olhos, faróis, guiarão o tempo chegado
Os trapos que trarei, pequena,
os medos do mar
as noites de frio
os dias sem ar
tantos dias sem ar...
A ela tocam os sons mais suaves que não sei criar
e que ouço e que desejo como a ela
mas há em si algo que minhas confusas existências não me permitem alcançar
eu a olho
e valsam
valsam
valsam
as ondas do mar
Eu sorrio seu sorriso
apreendo qualquer instante em seus olhos
e eis tudo
porque dela é o riso e os sons que não se navegam
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