quarta-feira, 22 de maio de 2013

Safo I

Sobre seu corpo negro
Deito
Incandecente
Os dedos e os desejos de homem
Por percorrer suas curvas
Em sons e tato crus

Ela repousa em mim
Extática porque em transe
O momento crucial do toque efetivo
Do vibrar de seu corpo

Seus ecos
Seus vãos
Seus macios
Seus rígidos
Corpos fundidos em si
Mulher, negra como o que vejo de luz e calor e suor no fechar de olhos final

E aos meus ouvidos
A transfiguração do toque e do som
Que nela
Que dela
Que bela!
Exprimo
O gozo profundo
Do desejo que não cessa
E é música em seus cabelos

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